Cleophas e seus milenios

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Jovem ateniense assiste a uma polêmica discussão com o filósofo Sócrates. Dois milênios depois, um homem, perto de fazer quarenta anos, é recebido na casa do inigualável compositor Johann Sebastian Bach, que está ficando cego. Separados por um período tão longo, os dois acontecimentos não teriam ligação alguma, não fosse o fato de possuírem o mesmo protagonista.

É Cleophas, a quem é oferecida a oportunidade de atravessar a história, sendo sua testemunha mais privilegiada. Certa poção lhe permite dormir o sono de séculos, rejuvenescendo-o e tornando possível conduzir uma busca que, na verdade, é de toda espécie humana: a busca pelo conhecimento.

Intrigado por questões essenciais, este homem de espírito crítico não se deixa seduzir pelo discurso e pela autoridade de seus interlocutores, procurando sempre compreender o mundo à luz da razão. Presencia atos do Mestre da Justiça dos Essênios, conhecido pelo nome de Jesus. Conversa com alguns dos maiores pensadores da humanidade, como Voltaire, Hume, Reid, Diderot e Rousseau. Chega à época contemporânea, quando discute as teorias da Relatividade, de Einstein, e da Evolução, de Darwin, entre outras.

O leitor está diante de um grande romance, inscrito na tradição de uma literatura que mescla história, filosofia e ciência, numa narrativa sedutora, envolvente, cheia de reviravoltas e com um protagonista digno das obras de aventura mais celebradas pelo público e pela crítica.

Se “há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa filosofia”, Cleophas responde a Shakespeare com um convite: por que não refletir sobre elas?

Sobre o autor: Renato Benevides é mestre em Filosofia, titulado pela UERJ. Bacharel em Teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), também formou-se em Arquitetura pela UFRJ. Atuou como empresário e designer. Seu principal interesse, contudo, sempre foi a Filosofia, no seu sentido etimológico mais estrito: a busca da sabedoria.

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