Curso de Criminologia Crítica Brasileira - dimensões epistemológicas, metodológicas e políticas

O ''Curso de Criminologia Crítica Brasileira'' objetiva demonstrar a atualidade e a urgência da criminologia crítica em nossa margem (Sul global). O trabalho procura mapear os discursos contra-hegemônicos produzidos pela criminologia nacional, ou seja, as perspectivas criminológicas que não se tornaram discurso oficial (em especial o pensamento antipositivista), e, na sequência, apresentar a construção, a consolidação, a ''crise'' e a crise da crise da criminologia crítica brasileira.
O Curso está organizado em quatro partes e quinze aulas. A primeira parte, intitulada ''Criminologia Crítica: dimensões conceituais'', contextualiza a criminologia crítica nas ciências em geral e na criminologia em particular. Busca identificar a criminologia crítica como um desdobramento da teoria crítica (Escola de Frankfurt) nas ciências criminais e discutir o seu estatuto prático-teórico em oposição às teorias e criminologias tradicionais (positivistas). A segunda, ''Criminologia Crítica: a construção do pensamento contra-hegemônico marginal'', centra o debate no contexto nacional para demarcar os autores, os temas e os problemas enfrentados no período que antecede o giro crítico. Na terceira parte, ''Atualidade e perspectivas da criminologia crítica no Brasil'', identifica algumas correntes criminológicas atuais (criminologias feminista, queer e cultural) que se alinham à criminologia crítica na reflexão sobre as violências interpessoal, institucional, estrutural e simbólica. No final, ''Desafios da Criminologia Crítica no Brasil'', enfrenta o que se convencionou chamar de ''crise da criminologia crítica'', para demonstrar a relevância da crítica criminológica e apontar algumas linhas de fuga possíveis que podem orientar a ação (criminologia da práxis).